terça-feira, 19 de maio de 2015

visita da alerj.CPI DO LIXO.

CPI DOS LIXÕES: PROBLEMAS NA ESTAÇÃO DE COLETA SELETIVA DE IRAJÁ


Maquinário sem funcionamento, vidro entulhado por falta de transporte e material contaminado por lixo orgânico e hospitalar. Esses são alguns dos problemas relatados pela cooperativa que atua na coleta seletiva da Estação de Transferência de Resíduos (ETR) de Irajá, na Zona Norte, aos deputados da Comissão da Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que apura a permanencia dos lixões no Estado. Os responsáveis pelo contrato serão chamados a falar em audiência pública. “Foram investidos R$ 72 milhões por meio de parceria do BNDES com a Prefeitura do Rio, queremos saber como esse dinheiro foi gasto”, disse o presidente da CPI, deputado Dr. Sadinoel (PT) .
Inaugurada em 2014, a ETR é a única estação de coleta seletiva em funcionamento no município - no contrato estavam previstas mais cinco unidades. Segundo a presidente da cooperativa, Evelyn Marcelly, a Prefeitura deveria dar a infraestrutura necessária para o funcionamento, mas um dos exemplos citados por ela foi o das 20 toneladas de vidro acumuladas no pátio do local por falta de caminhões para transporte e caçambas para armazenar o material, que está avaliado em R$ 4 mil.
Segundo Evelyn, a cooperativa recebe cinco toneladas de lixo por dia, mas 60% desse montante não é aproveitado. “Não tenho caminhão para buscar novos parceiros, então não consigo buscar material de melhor qualidade, por isso, tenho que me contentar com esse material que chega, muitas vezes, com lixo orgânico, animais mortos e, inclusive, lixo hospitalar”, relata. A presidente ainda aponta o risco à saúde dos trabalhadores: “O caminhão da Comlurb busca o rejeito produzido, mas somente duas vezes na semana. Esse lixo fica exposto a céu aberto, o que aumenta a contaminação e agride a nossa saúde”.
Vice-presidente da CPI, a deputada Lucinha (PSDB) verificou a situação dos equipamentos oriundos da parceria, porque de cinco máquinas, três estão quebradas. Não há máquina de prensa que acumule por tonelada e a empilhadeira não funciona há seis meses. A única esteira do local foi doada pela inciativa privada, o que torna o lucro dos trabalhadores inviável.  “Queremos saber onde está o dinheiro que seria para a capacitação dos catadores com o aumento do lixo reciclado." 
Parcerias
O grupo apresentará uma proposta de parceria com empresas do ramo de vidro para a doação de caçamba e caminhão para a ETR de Irajá, com o intuito de gerar empregabilidade, pois dos 67 cooperativados, somente 25 estão trabalhando no local por conta da baixa arrecadação, que chega, no máximo, a 600 reais por mês por pessoa.
Integrante da comissão, o deputado Dr. Julianelli (PSol) disse que essa questão é prioritária por causa do impacto social que provoca. “A geração de emprego é essencial para melhorar a qualidade de vidas desses trabalhadores, fora a questão ambiental, porque quanto mais lixo se enterra, maior o dano ambiental”, alerta.
(Texto de Camilla Pontes)
- See more at: http://www.alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo.asp?num=49081#sthash.WliHH7Dc.dpuf

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe, deixe o seu comentário!